Terça ou sexta-feira à noite sem luar,
pouco para a meia-noite.
Acenda vela votiva para seu anjo de
guarda. Realize a magia sem roupa.
Coração de cera vermelha (se não achar,
molde com pingos de vela)
Vela vermelho-escuro ou preta
Pétalas secas de 1 rosa vermelha
Incenso sangue-de-dragão (se não achar,
de orquídea)
Cinzeiro
Agulha esterilizada
Grave o nome completo do homem sobre o
coração (se tiver cabelo/unha dele, adicione; acenda a vela e o incenso em sua
chama, dizendo:
"Lilith, tu que reinas sobre a
paixão e a luxúria
Põe teus olhos sobre mim agora
Eu desejo (Nome completo do
homem)
Eu o quero a qualquer preço
Eu o quero meu escravo submisso
Conceda-me esse favor
por meu sangue, eu o ligo a mim
eu o desejo com cada batida de meu
coração
com cada respiração".
Espete a ponta do polegar esquerdo e
deixe cair 3 gotas de sangue sobre o coração. Segure-o com a mão esquerda acima
da vela, sem derrete-lo, e diga 3 vezes:
"Pelo poder do sangue e da chama
a magia é ativada agora
(Nome completo do homem) vai sentir a
atração
que eu tenho sobre ele
ele não terá outro recurso
a não ser vir a mim".
Passe o coração na chama e deixe
queimar no cinzeiro, com as pétalas. Concentre-se nas chamas e diga:
"Agora teu coração bate por mim,
(Nome do homem)
Deseje-me com todas as tuas
forças
Sonhe comigo ao cair a noite
Venha a mim, eu te espero
Nada te impede, nem esperança nem amor
Você é meu agora
pela glória de Lilith!"
Concentre-se por alguns minutos sobre
as chamas e deixe a vela e incenso queimarem. Se os efeitos tardarem, repita
por semanas seguidas.
Lilith ou Liliath (texto de Eduardo
Fonseca)
Contestadamente, a primeira mulher de
Adão foi e é, a senhora da criação, primeira clonada por Javé (Jeovah) do macho
que houvera feito. Era perfeita tanto quanto o seu par Adão, mas pediu para
estar em igualdade de condições com o macho que lhe fazia companhia. Lilith é a
figura da mulher insubmissa, intelectual, vigente, guerreira e fêmea em todos
os sentidos, porém, clitorianamente ativa. Ela representa a Lua Negra (lua
nova). Seus passos são e serão eternamente seguidos pelo Sol e pela Terra e
assim ela é obrigada a interferir na noite, no dia, nos homens e nas mulheres.
Lilith, a grande mulher!
Desafiou três arcanjos: Gabriel,
Raphael e Miguel, quando os mesmos foram convencê-la de não abandonar Adão, por
ser uma mulher rebelde, que não admitia ser dominada por macho algum. Preferiu
virar demônio e proteger os nascituros que trouxessem a estrela de um dos três
anjos, do que se render à ameaça. Disse, inclusive: “Eu fui criada da mesma
matéria que Adão, portanto, tenho os mesmos poderes”, “mas o meu criador já
sabia que o destino seria esse. Portanto, que se confirme o destino: ficarei no
Mar Vermelho, pois um dia os filhos de Jeová terão que atravessá-lo e eu
estarei lá para ajudar ... Daqui a muitas gerações". Diante do fato, Adão
estava requerendo uma mulher, Jeová colocou-o em transe e criou Eva. Esta traiu
Jeová. Quis ser igual a ele ao tentar pegar o fruto (soberba) e ao pegá-lo
pecou pela segunda vez (desobediência), arrematando-o com a entrega do mesmo ao
então inocente Adão.
A diferença entre Lilith e Eva está no
fato da primeira não ter desobedecido e sim se rebelado. Lilith nunca quis ser
igual a seu criador. Já Eva o fez. Portanto, todos nós somos, como Lilith diz,
filhos de Eva, aquela que quis ser igual ao criador e gerir o Éden. Lilith está
em todos os lugares, em homens e mulheres, ativa e inativa, mas é a Deusa da Lua
Negra, que fará sempre o seu papel da falsa mulher má.
Lilith, a
primeira mulher de Adão.
O livro de Gênesis é bastante
debatido em seus primeiros capítulos que se referem à criação humana. Existem
questionamentos quanto ao termo “à nossa imagem e semelhança” estar no plural e
não no singular, outros questionam a criação do homem ter sido feita do barro,
ou o porquê de Eva ter sido feita da costela de Adão. Mas uma questão incomum é
a presença de uma figura feminina chamada Lilith no momento da criação do ser
humano, fato tão presente na cultura judaica (e também no folclore hebreu, na
mitologia Suméria entre outros lugares), porém tão negligenciada pela versão
atual da Bíblia Sagrada. Nos dias atuais, Lilith só é citada uma vez na Bíblia,
em Isaías 34:14 (ver comentário a respeito ao longo do texto), e mesmo assim,
só em versões mais antigas das escrituras.
Decidi então pesquisar mais sobre
essa criatura, e descobri algumas coisas interessantes, para alguns até
inquietantes. Mas desde já, lá vai um aviso aos navegantes: essas são teorias
(conspiratórias?) que não podem ser provadas, e bem como a Bíblia, é uma
questão de se acreditar ou não. E mesmo se acreditando nela, ao meu ver, não
muda em nada as bases da fé cristã, mas sim abre nossas cabeças para o fato de
que pode existir um mundo de outros acontecimentos que não foram colocados
(agrupados) na Bíblia que temos atualmente. Todavia, ao meu ver, isso não é
suficiente para mudar ou desacreditar o teor que as escrituras nos ensinam.
Então, antes de ler o texto a seguir, tenha sabedoria, discernimento e
principalmente respeito aos que acreditam (ou não) nas escrituras. Leiam, tirem
suas próprias conclusões, mas tenham em mente que tudo aqui são suposições que
se fossem provadas, não mudariam o sentido da vida. Então, sem crises
existenciais, okay?
Lilith, ou Lilit (em hebraico: לילית) é
principalmente conhecida como um demônio feminino da mitologia Babilônica que
habitava lugares desertos. Os primeiros registros que se tem dela é sob o nome
Lilitu, representando uma categoria de demônios na Suméria de 3000 A.C. Na
Suméria e na Babilônia ela ao mesmo tempo que era cultuada, era também
identificada como espírito maligno. Muitos estudiosos atribuem a origem do nome
fonético Lilith por volta de 700 A.C., e com este nome é referida em diversos
textos antigos sendo o mais notável o Antigo Testamento (livro de Isaías).
Porém uma teoria interessante é a de que Lilith tenha sido uma mulher criada
por Deus antes de Eva, simultaneamente à criação de Adão e inclusive da mesma
forma que ele foi criado (do barro). Ou seja, Lilith pode ser sido a primeira
esposa de Adão, antecessora a Eva.
“Criou, pois, Deus o homem à sua
imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” Gênesis 1:27.
Porém, no capítulo seguinte, Deus
percebe que Adão está sozinho (novamente?) e seria bom criar para ele uma
mulher (outra?), e interessante, que seja idônea (a outra não era?):
“Disse mais o Senhor Deus: Não é
bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea.”
Gênesis 2:18.
A confusão interpretativa si dá a
partir do momento em que Deus cria o homem (ser humano) no capítulo 1,
fazendo-o macho e fêmea, e logo depois no capítulo 2, Ele cria uma (outra?)
mulher, não mais do mesmo barro, mas agora da costela de Adão:
"E da costela que tinha
tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do
homem.". Gênesis 2:22
Dessa forma, é possível imaginar
que uma edição (corte) possa ter sido feita entre o capítulo 1:28 e o capítulo
2:21. É provável que este corte tenha ocorrido em época bastante remota, como
no quarto século antes de Cristo, quando se supõe que o texto escrito tomou uma
forma próxima da atual. O capítulo 1:28 sustenta ainda mais esta hipótese:
"E Deus os abençoou, e Deus
lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra ..." Gênesis
1:28
Como seria possível abençoar a
ambos e recomendar a multiplicação se Eva ainda não tinha sido criada (só foi
criada no capítulo 2)? E o caso fica ainda mais estranho no versículo seguinte,
na criação da (segunda) mulher criada da costela, quando Adão parece gostar da
(nova) mulher criada e faz um comentário bem peculiar:
"Disse então o homem: Esta
sim (ou ‘agora sim’, em algumas versões), é osso dos meus ossos e carne da
minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada." Gênesis
2:23
Assim, acredita-se que essa
afirmação de Adão é uma das provas da existência de outra fêmea criada antes de
Eva, que provavelmente não era carne da sua carne. Tendo, a mulher anterior,
sido criada do mesmo barro que ele, seria assim igual, e não inferior a Adão.
Lilith é muito conhecida na
cultura (folclore?) judaica (o). Segundo eles acreditam, a mulher criada do
barro juntamente com Adão se mostrou indomável, maléfica e teria deixado a
presença de Adão, e então expulsa do Paraíso. Algumas vezes ela é tida como a
serpente que teria tentado (seduzido?) Eva, a mulher que teria casado com Caim
(Gênesis 4:17), uma vampira, uma sedutora que castrava os homens que seduzia, e
por fim, um bicho maléfico ou animal noturno, termo encontrado nas traduções
recentes da Bíblia (Isaías 34:14). Por sinal é neste versículo em Isaías onde o
nome Lilith é citado unicamente na Bíblia atual. Mesmo assim, mais
recentemente, teria sido trocado por coruja (em inglês) ou (como aqui no
Brasil) animal noturno. Acredita que durante o Concílio de Trento (ou muito
antes disso), a Igreja Católica retirou as menções a Lilith do Gênesis, e teria
deixado seu nome passar apenas nesse versículo em Isaías (como na versão de J.
N. Darby abaixo).
“As feras do deserto se
encontrarão com as feras da ilha, e o sátiro clamará ao seu companheiro; e os
animais noturnos ali pousarão, e acharão lugar de repouso para si.”
Isaías
34:14 – Versão Almeida Corrigida.
“The
wild beasts of the desert shall also meet with the wild beasts of the island,
and the satyr shall cry to his fellow; the screech owl (coruja que grita) also
shall rest there, and find for herself a place of rest.” Isaías 34:14 – Versão
King James.
“And
there shall the beasts of the desert meet with the jackals, and the wild goat
shall cry to his fellow; the lilith also shall settle there, and find for
herself a place of rest.”
Isaías 34:14 – Versão John Nelson
Darby.
.
Acredita-se que o motivo da
Igreja Católica ter suprimido a criação (e posterior rebelião) de Lilith seria
uma das tantas tentativas da igreja de dar o tom patriarcal (machista?) às
escrituras. Deixando claro o lugar da mulher de submissa, abaixo
hierarquicamente ao homem. Sem contar que deixar passar uma criação, tal qual a
de Adão, e que não deu certo, que acabou se rebelando pelo próprio criador e se
tornando um demônio, uma maldita, não seria muito “católico”, por assim dizer.
“Deus teria criado um casal: Adão
e uma mulher que antecedeu a Eva. Esta mulher primordial teria sido Lilith,
figura bastante conhecida da antiga tradição judaica. Lilith não se submeteu à
dominação masculina. A sua forma de reivindicar igualdade foi a de recusar a
forma de relação sexual com o homem por cima. Por isso, fugiu para o Mar
Vermelho. Adão queixou-se ao Criador, que enviou três anjos em busca da noiva
rebelde. Os três anjos eram Sanvi, Sansanvi e Samangelaf. Os emissários do
Senhor tentaram em vão convencer à fujona. Ameaçaram afogá-la no mar. (...)
Lilith foi transformada em um demônio feminino, a rainha da noite, que se
tornou a noiva de Samael, o Senhor das forças do mal. (...) Lilith seria uma
figura sedutora, de longos cabelos, que voa à noite, como uma coruja, para
atacar os homens que dormem sozinhos. As poluções noturnas masculinas podem
significar um ato de conúbio com a demônia, capaz de gerar filhos demônios para
a mesma. As crianças recém-nascidas são as suas principais vítimas. A crença em
Lilith, durante muito tempo, serviu para justificar as mortes inexplicáveis dos
recém-nascidos. (...) Finalmente, uma outra tradição judaica afirma que a
lendária rainha de Sabá que teria visitado Salomão nada mais era do que Lilith.
O sábio rei, contudo, descobriu o ardil, ao levantar a saia da rainha e
constatar que as suas pernas eram peludas.” Jardim do Éden revisitado, Roque de
Barros Laraia.
Sendo Lilith realmente uma
criação de Deus, a primeira mulher de Adão, ou apenas mais um ser demoníaco
citado na Bíblia, o importante é salientar (mais uma vez) que isso não muda em
nada o fato de existir um Deus supremo criador. O problema é que com o tempo,
viemos modificando as escrituras, e interpretando-a de uma forma que coloca a
figura de Deus de um lado e Satanás do outro como seu único arque rival. O que
possivelmente está errado. Vários são os seres que lutam contra Deus e seus
anjos, e Lilith (criação dEle ou não, deixando claro que Satanás – Lúcifer –
também é criação de Deus) pode ser apenas mais um desses seres das trevas.
"Além dos demônios que
povoavam e aterrorizavam a terra, alguns personalizados, como Azazel (Lev
16:9), Lilith (Is 34:14), Asmodeu (Tob 3:8), entre outros, o Deus hebraico
tinha oponentes em sua própria corte, dos quais o mais célebre é Satã." O
tempo que os homens ensinaram segredos aos homens, Emanuel Araújo.
“Porque não temos que lutar
contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as
potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes
espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Efésios 6:12
Sendo assim, entra aqui um gancho
sobre estes seres das trevas que desobedecem ao Senhor Deus e aterrorizam,
ensinam o que não devem, copulam e corrompem o homem. Seres como Lilith, que um
dia foram criados por Deus e que por conta do livre arbítrio, preferiram cair e
vagar (não só) pela Terra na busca de quem tragar. E nesta busca vem também o
conhecimento que Deus julgou não ser pertinente a nós e que esses seres
decidiram nos ensinar como forma de atentar contra o Senhor.
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